Ai que vida boa!

Hoje é véspera do 25 de abril.

Já alguém tentou imaginar o que pensavam os corajosos que no dia seguinte marcariam o resto da História de Portugal? Como descrever a véspera? Sabemos factos, mas interessam-nos também os sentimentos, as angústias e as esperanças que estão nas memórias individuais.

Então, levados pela mão do Tempo, vamos adiantar o relógio e estamos no dia 25 de abril de 1974, em que José Fanha descreve ⃰ “Por isso, naquele dia, às sete horas da manhã, não saltei só para fora da cama. Saltei para dentro da vida, para dentro do dia mais belo que vivi em toda a minha vida.” É o relato de quem viveu este dia com uma banda sonora que ainda hoje provoca arrepios.

Além das canções associadas à Revolução dos Cravos que estão na memória coletiva e histórica, queremos acrescentar esta: “Vai passar”, Chico Buarque (clicar no título). Temos a sensação que alguns leitores estão, neste instante, indignados. Não é caso para tanto. Vejamos a letra: “Meu Deus, vem olhar/ Vem ver de perto uma cidade a cantar /A evolução da liberdade /Até o dia clarear”. Não é bom também festejar a mudança com os versos “Ai, que vida boa, olerê / Ai, que vida boa, olará”?

Viva a Revolução!

Era uma vez o 25 de abril – José Fanha (p.11)

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