As flores não falam, não dançam, não gostam de música, não têm amigos. Nós vemos que elas estão nos jardins, com as suas cores e os seus jeitos como só as flores conseguem ter. É visível e é provado cientificamente, pode-se afirmar sem medo.
Então como explicamos que as personagens da obra “O Rapaz de Bronze” de Sophia de Mello Breyner se parecem connosco? Como explicar que em nós há uma Tulipa elegante, um Gladíolo vaidoso ou uma Orquídea chique? E quem de nós pode afirmar que nunca conheceu um Carvalho “antiquíssimo” que diz o que é preciso no auge da sua sabedoria sem precisar das nossas perguntas?
Esta história extraordinária agarra em cada um de nós e faz-nos ter vontade de pertencer a um jardim em que se pudesse dançar de dia e de noite, nunca escondido, feliz para todos verem e para todos terem o impulso de se sentir assim também. Transformava-se a felicidade num perfume que se espalhava ao qual era impossível fugir.
A sugestão musical é “Dancing Queen” dos ABBA (clicar no título)– para nos lembrarmos que para se dançar só é preciso vontade e não um convite!