Seguimos por este caminho feito de palavras que enchem o imaginário. Paramos com a letra da canção de Alice Merton “No Roots” -(clicar no título) – em que as memórias são viajantes “’Cause I’ve got memories and travel like gypsies in the night”, e as raízes não são visíveis “ I’ve got no roots, but my home was never on the ground”.

Serve este fundo musical para sugerir a obra surpreendente de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Pedro Sousa Tavares, “Os Ciganos”.

 Ruy é um miúdo que recebe a história dos Rom como sendo sua ao contrário da vida que tem naquele momento. Identifica-se com a expressão livre do “Ser” fora das paredes de casa onde se sente prisioneiro.

                Viver feliz pode muitas vezes obrigar-nos a sair de onde estamos e recomeçar. As nossas raízes não são materiais, são emoções acumuladas através de experiências. Ruy é o testemunho de que aceitar as nossas visões de felicidade podem ser o suficiente para ter uma história para contar, como uma lembrança cheia de significados.