Entreter-se a ser

Por aqui, também sentimos um desassossego que nos complica a vida na nossa relação com as palavras. Esperámos um pouco e quase que estivemos a desistir se não fosse por nos lembramos que simplesmente estávamos a pensar direito quando o que era necessário era “Pensar de pernas para o ar”, como sugere Manuel António Pina. Este exercício, que muda a ordem habitual, leva-nos a ver os outros lados da mesma realidade. Para simplificar o que todos nós complicamos, deixamos uma canção de Cláudia Pascoal com a “Música de um acorde”, (clicar no título). Não vamos explicar porquê, descubram.

Ainda de Manuel António Pina, do poema “Os Gatos” destacamos os seguintes versos: “permite que o sirvamos / e a ilusão de que o tocamos” em que se descreve de forma hábil e emocional o que parece ser distanciamento afetivo. Para esta poesia, provocamos com o grupo Nirvana, “Come as you are“, (clicar no título), porque há quem nos aceita da forma que somos e nada melhor do que versos para retratar esta magia em que se pode ser como se é. 

Manuel António Pina (Sabugal, 18/11/1943 – Porto, 19/10/2012).

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