⃰“La peinture, c’est la liberté.” disse Picasso a André Malraux. Desabafo sincero de um génio artístico que sempre tentou transmitir a sua visão do real. A sua representação afigura-se, entre outras características, distorcida, por vezes, exagerada em proporções, muitas vezes, definindo o que via no concreto e na imaginação.
No entanto, é difícil entender um Homem cuja vida foi preenchida pela Arte, como se de ar se tratasse. Para se sentir livre, Picasso exprimia-se com Arte- pintura, escultura e até poesia – publicação de poemas em 1935 nos Cahiers d’Arts: “Picasso Poète”.
Parece tudo tão simples, mas afinal é muito mais complicado do que queremos. Quantos de nós já tentaram escrever umas frases que se desejavam poéticas? Ou então quantos se aventuraram, com traços de um pormenor quase impossível de reconhecer a olho nu, a representar graficamente o que se passava dentro de nós? Assim é porque nem todos entendem a liberdade através da Arte, então vive-se num mundo divido: os artistas criam e nós temos o prazer da contemplação.
Quando a alma não é pequena – Dead Combo – (clicar no título) – é uma melodia que começa lenta e vai aumentando, num ritmo vagaroso. Deve ser como a inspiração cresce na alma de artistas: arremesso de criatividade que se vai complementando devagar enchendo a alma de quem não teme expandir o seu conhecimento para lá do que os outros entendem. Mas isso, somos nós a adivinhar…
⃰retirado da obra “O essencial sobre Pablo Picasso” de José Augusto França, p.9, 2016