Quando a força vem do querer saber.

O título desta obra, “Os Guerreiros do Arco- Íris” de Andrea Hirata, apresenta duas realidades: a guerra e a esperança. No entanto, a História da Humanidade está cheia de guerras em nome da paz e bem sabemos que o futuro irá reproduzir a maldade, porque se alguns aprendem com os erros, também há quem prefira repeti-los – fazemos esta afirmação sem uma bola de cristal.

Nas páginas deste livro que vos apresentamos, acompanhamos as aventuras de um grupo de alunos de Belitong, lugar de pobreza crónica e de discriminação, que vai defender o direito à educação. Estas crianças são os heróis de uma luta extraordinária, que não receiam contrariar as decisões ameaçadoras de adultos autoritários que vão apresentando obstáculos maiores, fazendo com que a sobrevivência da escola seja cada vez mais frágil.

Os professores que acompanham estas crianças são pilares de saberes e do ser-se fiel ao seu compromisso de educadores, lutando todos os dias pelos seus alunos, não como soldados, mas sim como quem celebra a oportunidade de poder ser útil aos outros. São a representação viva de “Children learn more from what you are than what you teach.” W.E.B. Du Bois.

Deixamos duas frases desta aventura que poderão levar-vos ao início: “O destino, o esforço e a fortuna são como três montanhas azuis, embalando a humanidade.” P.280; “Mas, acima de tudo, sobrevivêramos à mais imediata das ameaças: a ameaça de nós mesmos, a nossa descrença no poder da educação.” P. 275

Para banda sonora, sugerimos Da Weasel com “Força” (Uma página de história), sobretudo se nos lembrarmos da coragem destas crianças equivalente a de “mil homens” e “Todo o mundo há de ouvir / Todo o mundo há de sentir”, porque está escrito.

Nota: excertos retirados de “Os Guerreiros do Arco-Íris” de Andrea Hirata Editorial Presença, 1ª edição, 2013

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