Vamos falar de amor? Vá, não estejam já a encolher os ombros, como quem não se interessa, ou a revirar os olhos como quem demonstra tédio. Pronto, agora que todos estamos com a mesma postura (hoje estamos assim, autoritários literários), queremos apresentar do jeito que nos caracteriza uma história de amor escrita por Jorge Amado, “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”. Sabendo que todos têm olhos gulosos, pedimos a colaboração do fotógrafo Pedro Lopes.
Primeiro e sem mais demora, nesta aventura convém apresentar o Gato Malhado.
(fotografia cedida pelo fotógrafo Pedro Lopes)
Quando se é gato, sabe-se que as paixões do coração devem ser dirigidas às gatas, sejam elas malhadas, às riscas ou de outras pelagens que atraem estes felinos. Dom Gato desconhece que o amor tem restrições e limites e, ainda por cima, na lista de permissões amorosas não estão lá as andorinhas.
Aos olhos deste gato, a Andorinha Sinhá é merecedora do seu coração cheio de boas intenções, contrariando as regras escritas por um autor que permanece desconhecido. Por outro lado, quem é que gostaria de ter o seu nome como autor das “Regras Fundamentais sobre A Quem é-se Autorizado a Dizer Eu Amo-te”?
(fotografia cedida pelo fotógrafo Pedro Lopes)
O amor acontece e é uma luta. O olhar é claro e não mente. Como é que é possível não se amar uma andorinha? “Quando se tem a primavera para se sentir feliz, porque nos obrigam a viver o inverno fora do tempo e do espaço?” Pergunta de certeza o gato.
Uma andorinha a voar, um gato a andar. Os opostos que nós vemos, às vezes, são muito mais: são vidas unidas que nós não compreendemos.
Para acompanhar esta experiência com o Pedro Lopes a quem estamos muito gratos pela colaboração, propomos a canção “Stand by me” (clicar no título) de Ben E.King.
Ficam as formas de poderem seguir e acompanhar o trabalho fantástico de Pedro Lopes.
Pedro Lopes Photography
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