Serei mais do que as saudades?

Desta vez, vivemos uma certa ansiedade para tentar descobrir qual a obra que iria merecer a nossa visão (o verbo “merecer” é muito elogioso, é verdade, e revela em nós uma pequena sombra de vaidade, no entanto a caneta é nossa, portanto temos o poder de manipulação das ideias.)

Depois de algum tempo de indecisão, relembrámos o poema de Fernando Pessoa “Quando as crianças brincam” e pareceu-nos a mais acertado para este momento.

Nas três quadras que compõem este texto lírico, o sujeito poético tenta estabelecer uma ponte entre as vivências da infância e o momento que vive na fase adulta. Tudo soa a saudades e os ecos das brincadeiras das crianças de agora deixam-no ainda mais nostálgico.

Estamos assim, indecisos sobre quem fomos e sobre quem seremos – “Se quem fui é enigma / E quem serei visão”, então talvez o melhor será brincar com as crianças. Porque o que é que um adulto sabe? Qual é o valor da sabedoria da dita gente grande face aos risos de uma criança que brinca?

O mundo é de quem é feliz, por isso sugerimos Os Tribalistas com “Já sei Namorar” (clicar no título).

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