Tempo de palavras

 Hoje, paramos numa crónica (clicar na palavra para ler na íntegra) de António Lobo Antunes onde afirma que “o escritor não passa de um relojoeiro das emoções”. E nós, que não somos escritores, temos muitas vezes a sensação experimentada que nunca estamos ao mesmo tempo que o Tempo, que a vontade de escrever é efémera e que a inspiração desaparece a cada expiração. Há sempre muitas condicionantes a contrariar o processo!

                Escrever, nem que seja ficção, implica uma cedência pública do íntimo. Partilham-se ideias e tenta-se que sejam entendidas tal e qual como foram imaginadas ou melhores. Nunca piores. Aí reside a dificuldade da escrita: e se não entenderem?

                Mesmo sabendo deste obstáculo, a escrita continua a ser um exercício que merece ser feito. Exige esforço mas, no final, é uma concretização objetiva daquilo que pensamos. E o que pensamos vale a pena.

                Para acompanhar a leitura da crónica, a proposta vai para a canção do grupo Resistência, “Não sou o único” – (clicar no título) porque se calhar, se olharmos com mais atenção à nossa volta vamos ver que nenhum de nós é o único “a viver emoções”.

               

 

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